O couro, além de ser um símbolo de durabilidade, desempenha diversos papéis importantes na sociedade atual, com usos que vão além da moda e decoração. Na arte, é apreciado por artesãos que o transforma em peças únicas e sofisticadas, como bolsas, cintos, sapatos e até obras de arte tridimensionais. No campo, é indispensável, usado na confecção de arreios, selas e vestimentas, conforto e resistência para aqueles que dependem da lida com os animais e da terra. No mundo moderno, o couro também é aplicado na produção de estofados, acessórios de tecnologia e até equipamentos esportivos, sendo valorizado por suas características.
O couro é um material milenar, utilizado desde a Antiguidade em vestimentas, utensílios e, mais recentemente, na arte e no artesanato. No Brasil, o couro tem grande importância histórica e cultural, especialmente em áreas como o sertão nordestino, onde é utilizado para confeccionar artigos como chapéus, cintos, bolsas e sandálias.
Existem diversos tipos de couro, cada um com características próprias: o couro bovino, mais resistente e comum, é usado em produtos como bolsas e calçados; o couro de cabra, mais fino e flexível, ideal para roupas e acessórios delicados; o couro de ovelha, macio e de qualidade superior, é empregado em vestuários de alto padrão; o couro de porco, resistente e com uma textura mais áspera, usado principalmente para móveis e artigos de decoração; e o couro de peixe e couro exótico (como o de crocodilo e serpente), usados em artigos de luxo e itens artesanais exclusivos.
O Brasil, grande produtor de couro, tem uma tradição forte na indústria do couro, com destaque para a produção de artigos típicos, como as botas de vaqueiro e os chapéus de couro. O couro no meio rural tem papel vital, tanto na confecção de produtos utilitários quanto como material de proteção e vestimenta para os trabalhadores do campo.
É importante desmistificar a ideia de que o uso de couro implica sofrimento para os animais. O couro é um subproduto da indústria alimentícia; os animais são criados principalmente para a produção de carne. A comercialização do couro não resulta em sofrimento extra, pois os processos de curtimento e transformação do material são realizados com rigorosos padrões éticos e ambientais. O couro, portanto, é uma forma de aproveitamento integral dos recursos naturais, sem desperdício.